A quem se orgulhe dos feitos
Como se fossem medalhas no peito
Ganhos nas façanhas do longo tempo vivido
Mas não contam nos dedos os sonhos perdidos
No sóis acordado ou na cama do luar adormecidos
Divididos esquecidos na retina da mente
Que o ver aos olhos foi proibido
No tempo em algum lugar
Ocioso no deserto com a mancheia de areia
Ou nas colinas como as brumas ao se dissipar nas manhãs
Ou numa ilha de segredos
Guardados com chave de ouro
Ou o ouro já tenha satisfeito
Seus mais íntimos desejos
Por serem tão íntimos não
Lhe vale a pena revelar
Ou a terra já tenha feito pó
Naquele saco de sonhos
Já tenha dado um nó
Ou talvez guarde pra si
O regozijo desses sonhos
Secretos ou se arrependa
Tão somente só.
28/11/2015/ Jalcy Dias.
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