terça-feira, 20 de maio de 2014

Silos domésticos.

E por falar
Em entulho
Lembrei da tulha
Saudades desse
Tempo distante
Em que na dispensa
Da casa lá estava
A velha tulha
Entulhada de grãos
Silos domésticos
Que não deixava
Faltar o pão
Hoje o que se vê
São latas vazias onde se
 Pode contar os grãos
No entulho vão
Ficando gente
Com sonhos
Famintas sedentas
Colhendo do lixo
A sua sobrevivência
Onde foi parar
As tulhas entulhadas
De grãos silos domésticos
Hoje trocado por entulho
Com os restos de sonhos
E vida daquele a quem

Falta o pão nosso de cada dia.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Amarras.

Meu coração
Mesmo a distância
Sente o apelo
Do seu coração
Em dias assim
Que o querer
Torna-se um tudo
E tudo em tristes
Arestas o consome
Na fragilidade
Do estar ausente
E as amarras presente
Faz com que eu sinta
O seu coração
Que silencia o amor
E em dores responde
Ao meu coração
Que somos assim
 Nos caminhos do amor
Caminhamos juntos
Por outros caminhos
Seguimos
Nosso amor
E o nosso coração
Juntos para sempre
Até que se desfaça
As amarras e voe
Livre em busca

De outro coração.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Plim Plim.

A você do Plim Plim
O povo não é circo
E teus palhaços já
Perderam a graça
E tão pouco animal
Pra que faças dele
Um zoológico
Tão pouco a Sapucaí
Pra que desfile

Teu carnaval.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Selos estampam riquezas.


Selos estampam
Riquezas e relíquias
Figuras ilustres de Países
 Em finas estampas que
Deixam colecionadores
Endoidecidos que pagam

Qualquer preço para obtê-los
Mas que pena em selos
Deveria ser estampada
A pobreza e a fome
Do povo que oprimido
Em estado de servidão

Vive subjugado
As leis inexistentes
Que o beneficie
E o livre da opressão
De governantes que
Enriquecem enquanto


O povo padece.